3 de junho de 2008: Uma noite histórica.
O senador Barack Obama conseguiu número suficientes de delegados para se declarar candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, se tornando o primeiro negro(afro-descendente, falando o politicamente correto) com chances reais a chegar à Casa Branca.
Ele ultrapassou o número mínimo de delegados(e delegados designados ou superdelegados) ultrapassando a senadora Hillary Clinton, que começou como favorita na disputa.
Antes mesmo das prévias terminarem John McCain, republicano, já voltava suas baterias para o senador ao afirmar que ele seria o seu adversário. No mesmo discurso, aliás, fez questão de se distanciar do impopular presidente Bush apesar de saber que precisa dele, e da direita fundamentalista, para mobilizar os republicanos mais tradicionais.
Hillary, apesar de reconhecer a facanha de Obama, não se retirou oficialmente da disputa e ainda conclamou seus partidários a opinarem sobre o que deve fazer a partir de agora. Os analistas dizem que é uma forma da ex-primeira-dama se fortalecer para negociar seja a vaga de vice-presidente(boatos diziam que ela já teria aceitado), de líder do partido no Senado ou mesmo uma secretaria no governo Obama. Não deixou de falar porém em união do partido e conciliação, além de elogiar Obama que conseguiu mobilizar os mais jovens e filiar milhares de pessoas ao partido Democrata pelos EUA.
Também Obama elogiou Hillary e sua persistência, da mesma forma que deixou em aberto a possibilidade de composição. Fez questão de dizer também que as prévias serviram para oxigenar e dar ânimo ao partido, além de elogiar o ex-presidente Bill Clinton.
A palavra mais ouvida em St. Paul(Minnesota), no entanto, foi mudança. Falou que os EUA exigiam mudança com relação à economia, á guerra no Iraque e à saúde do país. E fez questão de deixar claro que, apesar de reconhecer os feitos heróicos de McCain, não tem nada de pessoal contra ele e que suas diferenças são com relação aos projetos de país e que ele, McCain, representaria o terceiro mandato de Bush.
A disputa entre Obama e McCain promete ser eletrizante.
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