terça-feira, 6 de novembro de 2007

APRENDENDO COM A DEMOCRACIA NORTE-AMERICANA

As eleições presidenciais de 2000 foram um marco para os Estados Unidos da América. A eleição controversa do atual presidente reeleito George W. Bush tirou do país o título de maior democracia do mundo.
Entre os motivos principais para a perda do título está a influência do governador da Flórida, Jeb Bush, nas eleições do estado impedindo ilegalmente eleitores potencialmente democratas de votar, além do decisão da Suprema Corte que reconheceu como legal uma eleição com várias irregularidades conhecidas.
Mesmo não sendo considerada mais a maior democracia, a história democrática e algumas características do processo eleitoral devem ser considerados, imitados no bom sentido e adaptados pelo Brasil.
Uma característica importante, apesar de ser interna dos partidos, é a realização das chamadas primárias que ocorrem em todos os estados do país. As primárias permitem os correligionários, simpatizantes e eleitores em geral conhecer as principais propostas e opiniões dos ainda pré-candidatos a presidência.
A eleição presidencial só ocorrerá em novembro de 2008, todavia as discussões e movimentações internas dos partidos já acontecen há meses, inclusive com debates públicos e televisionados em nome da transparência de idéias e propostas.
As primárias e a campanha interna dentro do partido se relaciona com outra característica importante da democracia norte-americana, que é a arrecadação para financiamento das pré-campanhas que já acontecem há meses, muito mais de um ano antes das eleições.
No Brasil também ocorrerão eleições em 2008, para prefeitos e vereadores, entretanto as movimentações em torno do financiamento de campanha já ocorrem de forma velada, nos bastidores. Deveria ocorrer como nos EUA, onde nesse sentido é mais transparente: os partidos apresentando os candidatos, debates e contas-corrente abertas para receber recursos de pessoas físicas e jurídicas que financiarão as campanhas do ano que vem, de forma legal e transparente.
Apesar da democracia norte-americana está em declínio em alguns aspectos, como perda de direitos individuais, sequestros de "terroristas" pelo mundo e, principalmente, torturas e maus-tratos aos prisioneiros
mulçumanos, condenados à revelia da justiça daquele país - nas prisões de Guantánamo e Abu Grahbi - o Brasil pode aprender com a histórica democracia norte-americana.

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