Novamente os partidos PT e PSDB parecem ter mais características em comum do que todos imaginam, além da política econômica, do relacionamento do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional e a edição desmedidas de Medidas Provisórias.
Em São Paulo, Alckmim tenta a todo custo, e parece que vai conseguir, implacar sua candidatura mesmo que líderes tucanos e democratas tentem demovê-lo da idéia para salvar a aliança entre os dois partidos. O ex-governador não aceitou a proposta de ser candidato ao governo do estado em 2010 porque teme pela sua sobrevivência política já que o seu grupo não possui cargos na prefeitura e no governo do estado, também não possui cargos no partido.
Por outro lado, aqui em Salvador, Pelegrino viu sua influência ser reduzida nas últimas eleições do PT. Eleições que viraram caso de polícia com denúncias de fraudes, compras de votos e muito mais. O deputado já foi candidato a prefeito por 3 vezes e quer tentar impor sua candidatura ao partido, cuja cúpula demonstra predileção pelo outro pré-candidato, o deputado federal Pinheiro, que também conta com a simpatia de partidos como PSB e PCdoB e da preferência velada do governador Wagner.
A eleição no PT tinha quatro pré-candidatos, mas os outros dois - J. Carlos e Luiz Alberto - que terminaram por declarar apoio a Pinheiro. Pelegrino chegou a comparar sua trajetória com Lula que perdeu três eleições e ganhou a quarta e internamente conta com amplo apoio da militância. Neste sentido, o apoio de J. Carlos e Luiz Alberto bagunça o meio de campo e favorece Pinheiro.
Externamente, entre os partidos aliados porém, o nome mais lembrado é o de Pinheiro que teria maior capacidade de unir os partidos de "esquerda" em Salvador. O que mais pesa contra Pelegrino é o fato de, sendo escolhido, parte para negociações com os outros partidos sendo, inconteste, o candidato a prefeito, ao contrário de Pinheiro que se mostra mais aberto a negociação
Tanto Alckmin quanto Pelegrino ao se mostrarem intransigentes na luta pela indicação do seu nome demonstram que o projeto pessoal deles está acima dos projetos de seus partidos - PT e PSDB - e de seus grupos, a "frente de esquerda" na Bahia e a aliança PSDB/DEM em São Paulo.
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