"Geddel é um catalisador"

Palavras do tributarista Edvaldo Brito, candidato oficial a vice-prefeito na chapa do prefeito João Henrique. Para ser mais preciso, ele disse que o deputado foi o catalisador da aliança PMDB/PTB. Mas Geddel tem demonstrado que tem sido o principal catalisador da política baiana.

Catalisador é aquele que provoca a catálise. Na química, catálise é o processo em que a velocidade de uma reação é influenciada pela simples presença de um agente que permanece quimicamente inalterado. Esta definição é perfeita para Geddel Vieira Lima, principal nome do PMDB na Bahia.

Depois da vitória de Wagner no governo da Bahia e da morte de ACM o partido que mais cresceu em número e influência foi o PMDB. Geddel levou para o partido dezenas de prefeitos, vereadores e lideranças egressas do antigo PFL, tem a vice-governadoria e secretários estaduais, se tornou um dos ministros mais influentes de Lula e comanda um dos principais e mais ricos ministérios.

É um agente político que tem influenciado o processo eleitoral baiano de 2008 e 2010. Em 2008 faz todo esforço e usa todo seu prestígio para reeleger o prefeito João Henrique e que até o momento atraiu para a candidatura o PP, o PRTB e de volta o PDT, e agora o PTB.

A aliança com o tributarista e seu partido são duas vitórias. A primeira é que o nome de Edvaldo Brito agrega valor devido ao respeito que possui nacionalmente, a segunda é atrair partido da base de Lula e dar um troco ao PT que não apoiou o PMDB (como era esperado ou estava combinado?).

Como a esperada reciprocidade do PT ao PMDB não aconteceu, Geddel e ACM Neto já negociam apoio no segundo turno. Velocidade é uma característica importante deste catalisador político. O que não cabe à Geddel nesta definição é que, ao contrário do agente químico, ele não permanece inalterado. A sua influência na Bahia cresce em progressão geométrica que o coloca como pré-candidato ao senado ou ao governo do estado em 2010.

Informações do jornal A Tarde Online [www.atarde.com.br]