Está praticamente decidido, vai ser a disputa entre o antigo e o novo. O republicano John McCain vai disputar a Casa Branca com o democrata Barack Obama.
McCain, considerado liberal demais pelos mais conservadores do partido, é veterano de Guerra do Vietnã portanto egresso da Guerra Fria. McCain é considerado azarão porque derrotou todos os outros. Inclusive o outro herói, só que do 11 de setembro, o ex-prefeito de New York Rudolf Guiliani.
Do lado democrata, assim como Guiliani, Hillary Clinton direcionou sua campanha nas prévias do partido apenas para os maiores estados dos EUA. A certeza de vitória, para ela, era tão certa que seu planejamento iria até a chamada super-terça - chamada assim porque a maioria dos estados realizam as prévias - o que não aconteceu. Ela só esqueceu de avisar os eleitores dos outros estados(como diria a cientista política Lúcia Hippolito).
Clinton não contou com o surgimento da onda Obama e o desejo de mudança trazido por ela. Os slogans do senador por Illinois "Change" e "Yes we can", ou "Mudança" e "Sim, nós podemos" contaminaram os Estados Unidos atolados no Iraque e Afeganistão, que viram o retrocesso nos direitos individuais com o "Patriotic Act" e que ainda passam por uma recessão econômica. O discurso, enfim, que veio ao encontro de grande parcela dos norte-americanos decepcionados com o Governo Bush.
Apesar da disputa interna, Obama já age como porta-voz do partido Democrata e esqueceu a briga interna com Hillary. Tem recebido apoios importantes dos super-delegados, que irão decidir qual será o nomeado, dentre eles o do popular Al Gore e do senador John Edwards.
A briga agora é para saber quem será o candidato a vice-presidente de Obama. Edwards já recusou. Al Gore aceitaria? Muitos analistas dizem que Hillary ainda se mantém na disputa para aumentar seu cacife na disputa pela vice-presidência. Obama e sua mulher estariam reticentes a essa possibilidade por causa dos ataques de Clinton a Obama durante as prévias. Outro cotado para o cargo seria o governador do New Mexico Bill Richardson, hispânico, e que poderia unir os latinos - grupo importante em importantes estados como Flórida e Califórnia - em torno da candidatura Obama, já que eles preferencialmente optam por Hillary graças a simpatia deles pelo ex-presidente Bill Clinton.
A eleição dos EUA está apenas começando.
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