Ontem foi realizado o debate entre os pré-candidatos petistas a prefeito de Salvador, os deputados federais Pelegrino e Pinheiro. O primeiro quer ser candidato pela quarta vez, o que alguns acreditam que o desgate acumulado não é bom para a candidatura; os que são a favor dizem, ao contrário, que o nome do deputado está consolidado na cidade. Acredito que no caso de Pelegrino ambos entendimentos estão corretos. Nelson usa em seu favor a tese de que a militância está com ele.
Pinheiro conta com o apoio expresso da cúpula municipal e estadual do partido, além da preferência velada do governador Wagner e dos partidos aliados como PSB e PCdoB, que aguardam a definição do partido de Lula para definir o posicionamento nas eleições. O pré-candidato recebeu apoio de outros dois ex-postulantes a nomeação do partido, o secretário estadual da Reparação Luiz Alberto e do rodoviário J. Carlos.
A intransigência de Pelegrino em ser candidato a qualquer custo faz com que Pinheiro conquiste cada vez mais apoios, ele que é conhecido pela capacidade de agregar e tem adotado uma postura mais conciliatória.
Pelegrino e Pinheiro estão em momentos políticos diferentes. É como se o primeiro ainda estivesse na época em que o estado se dividia em carlistas e anti-carlistas. Até pouco tempo atrás acordos ou mesmo conversas e negociações entre as forças politicas na Bahia era impensável. Pinheiro, ao contrário, está no que pode ser chamado de era pós-ACM na qual os partidos adotam atitudes conciliatórias e menos radicais entre eles, mesmo entre partidos adversários. Isso não quer dizer o debate politico, às vezes inflamado, vai acabar porque é próprio da política.
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