Em Salvador o partido está dividido no apoio a Imbasshaí(PSDB), ACM Neto(DEM) e o candidato dos cartões - vermelho e verde, para deixar claro - Raimundo Varella(PRB). E mesmo que apóie formalmente um candidato, políticos já vem demonstrando que já escolheram o seu candidato independente da escolha do partido.
O vereador Sildevan Nóbrega declarou apoio a Varella, o deputado federal Maurício Trindade - que é dono de 70 mil votos na cidade - apóia abertamente ACM Neto, que parece contar com o apoio do presidente da legenda no estado, o ex-carlista(ex?) César Borges.
O PR - formado por integrantes do PL e do PRONA, de Enéas - é uma incógnita na política baiana. Durante muitos anos esteve como partido satélite ao DEM, antigo PFL, e após a vitória do PT em 2006 passou a fazer parte da base do governo, apesar de não ocupar nenhum cargo. Faz parte da base oficialmente, mas comporta-se como independente.
Nacionalmente, o partido apóia o governo Lula. Mas, e César Borges? Antes crítico feroz do governo federal, recentemente esteve na comitiva oficial do presidente na Bahia. Afinal, César Borges é governo, oposição ou muito pelo contrário? E o PR, é governo ou oposição na Bahia?
Se o apoio a ACM Neto se confirmar nestas eleições significa que o partido se coloca na oposição ao governo do estado? Deveriam ser oposição porque seus membros participaram da campanha do ex-governador Paulo Souto, e os deputados estaduais foram eleitos em uma coligação com o antigo PFL. O PR precisa e deve uma explicação aos eleitores e definir sua posição, da mesma forma que precisa explicar os motivos de tais atitudes.
Transparência e clareza de opinião são duas das principais características de uma república. O partido tem demonstrado que não tem uma coisa, nem outra.
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