sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E os outros 23 anos?

Pura coincidência. Exatamente no dia em que o PT comemora 31 anos de existência a presidente Dilma sai do claustro palaciano para falar de educação. Engraçado, segundo o calendário Luliano o Brasil começou de fato há apenas pouco mais de 9 anos, nada de bom foi feito ou construído no país até a chegada de Lula ao Palácio do Planalto. Esta conta não fecha...

A imprensa - de forma particular - e a população, em geral, comemora o governo mais comedido de Dilma se comparado ao do diuturno diário auto-elogio do ex-presidente Lula. No  entanto, em um governo que foi eleito para ser a continuação precisa continuar...

A presidente Dilma poderia ter aproveitado a oportunidade de falar a população para explicar:

1. Como ex-ministra de Minas e Energia do governo Lula o motivo do apagão que deixou o Nordeste e depois São Paulo na completa escuridão. Até agora, desconhecemos o motivo, razão ou circunstância dos fatos. Não vale dizer que foram notícias plantadas pela imprensa ou foi golpe da oposição (que insiste em existir), esta desculpa esfarrapada era só do Lula...

2. Como ex-ministra da Casa Civil do governo Lula e sua sucessora explicar porque o corte no Orçamento de R$ 50 bilhões, a suspensão de posse dos concursandos e o adiamento de novos concursos na esfera federal, além de paralisação em obras e investimentos. Diziam alguns durante a campanha que o candidato tucano, José Serra, é que agiria desta forma. E agora José, que não é o Serra? Será o Dirceu? É a bolha do "nunca antes neste país" que está estourando...

O ex-presidente não-desencarnado da presidência, Lula, saiu em defesa da sua criatura ao  chamar os sindicalistas, que travam uma batalha com o governo pelo aumento do salário mínimo, de oportunistas. Logo ele, um sindicalista do ABC?! Donde se conclui que, exceto no seu  governo, os sindicalistas sempre foram oportunistas. Faz sentido...

Do oportunismo para a descortesia. A atual presidente Dilma teve que se contentar em apenas cantar o "Parabéns pra você" e cortar o bolo na festa de aniversário do partido em Brasília, sem discursar. Lula, o agora presidente de honra do partido, não iria deixar sua criatura roubar a sua cena.  Certo que o PT não poderia abandonar Lula na festa de aniversário, só que a maior autoridade do partido, oficialmente falando, é a presidente Dilma. 

Um brinde ao...que mesmo? À perpetuação de Sarney e sua elevação ao patamar de ser humano especial; Às inúmeras tentativas de censurar a imprensa; Ao apoio às ditaduras de Cuba, Irã e Venezuela, À inflação e ao corte de gastos... 

2 comentários:

  1. Viu o motivo pelo qual reclamo quando você some? Adoro seus textos, sempre lúcidos. Você é muito bom!
    Um abraço.

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  2. Amigo o que mais me "emocionou" no dia do apagão nordestino foi ver gente que votou em Dilma, nos TWTs exigindo que ACM Neto tomasse providências ahahaha vivo pra isso!
    Beijos!

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