segunda-feira, 11 de maio de 2009

CHOVER NO MOLHADO: SERÁ O FIM?

Na Bahia, os principais jornais e blogs políticos dão como favas contadas o fim da aliança PT com o PMDB, que se desgasta desde as eleições do ano passado, cujo vitorioso foi o Ministro Geddel que derrotou o atual Secretário de Planejamento do Estado, o deputado federal licenciado Walter Pinheiro para a prefeitura de Salvador.

Outra derrota política para o governador foi a eleição do prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia(PMDB), para a presidência da UPB(União dos Municípios da Bahia) contra o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano(PT).

A UPB inclusive convocou uma marcha rumo à governadoria que reuniu quase 300 prefeitos, uma derrota que o governador teve que amargar. E demonstrou que discurso é uma coisa, prática é outra. O governador não recebeu os prefeitos em uma atitude nada republicana e muito menos democrática. É claro, importante ressaltar que em reunião com prefeitos do partido exigiu que não participassem da marcha. Quem te viu, quem te vê?!

Salvador vem sendo castigada por fortes chuvas há quase um mês. Há cerca de 3 semanas o prefeito João Henrique(PMDB) decretou estado de emergência na cidade e até a noite da terça-feira passada, quando o caos se instalou na cidade, o governo do estado ainda não tinha homologado o decreto assinado pelo prefeito, azedando ainda mais a relação entre os partidos. Dizia que o pedido não atendia todos os requisitos da burocracia estatal. Para mim isto tem um nome: mesquinharia política! E a consequência foram mortes que poderiam ter sido evitadas.

Enquanto o governo da Bahia levou 14 dias para confirmar o decreto de emergência de Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, ambas governadas pelo PT, e Simões Filho, pelo PSDB, obtiveram a confirmação em menos de 24 horas depois da solicitação. E ainda dizia que no governo democratico e republicano não haveria diferenças. E olha que o PMDB é partido aliado! Contra fatos não há argumentos...

O líder do PT na Câmara Municipal acusou o prefeito soteropolitando de decretar a emergência para contratar sem licitação, o que afastou ainda mais os partidos ainda aliados. Bem, depois da chuva de terça-feira alguém teve que colocar o rabo entre as pernas, principalmente depois das mortes, desabamentos, alagamentos...

Para a minha surpresa, quando abro os jornais hoje e leio que o presidente Lula praticamente confirmou que na Bahia haverá confronto entre PT e PMDB. Ou seja, ele quer garantir o palanque, ainda que duplo, para a candidata Dilma aqui na Bahia contra o provável candidato tucano José Serra.

Coincidência ou não, o PMDB prepara uma carta que será entregue ao governador demonstrando o desacerto administrativo entre o governo e as propostas de 2006 não atendidas e a confirmação de que não existe alinhamento automático para as eleições de 2010.

A impressão que existe é da formação de uma aliança do PMDB, DEM, PSDB, PR, PPS e PDT contra o PT e aliados. ACM Neto(DEM). João Henrique(PMDB) e Severiano Alves(PDT) estiveram reunidos no interior numa clara demonstração de união E o PSDB, antes aliado incondicional do PT na Bahia, já passou para a oposição seguindo as diretrizes do comando nacional do partido.

A Bahia nunca teve um quadro tão indefenido como atualmente, isso quer dizer que as eleições podem ser as mais animadas, e acirradas, de todos os tempos. É esperar pra ver!

Um comentário:

  1. E como vamos explicar principalmente para o povo da "bolsa", o fato de Geddel, ministro de Lula, estar contra Wagner? Acho que nem a Barbie Dilma conseguiria isso.

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