No próximo dia 31 de outubro os cidadãos brasileiros voltarão às urnas para decidir, em 2º turno, quem governará o país e alguns estados pelos próximos 4 anos. Digo quem porque vamos escolher os ocupantes de cargo executivo, os gestores públicos e deveríamos usar critérios como experiência na vida pública e experiência na vida política porque antes de tudo o presidente ( (governador e o prefeito) é um cargo de natureza política, que tem que fazer escolhas políticas e saber lidar com os parlamentos, ou seja, negociação política. A candidata Dilma (PT) não tem nenhuma.
Nós brasileiros, quando chegarmos à cabine de votação no próximo domingo, vamos decidir não apenas quem serão os futuros gestores, mas o que pensamos sobre a Democracia, o Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal.
A campanha do 2º turno foi marcada pela volta de Lula aos programas eleitorais de Dilma, a questão da privatização das empresas no governo FHC e a discussão sobre o aborto.
A volta de Lula à campanha eleitoral demonstra que a candidata Dilma é apenas um fantoche, ou uma boneca de ventríloco, segundo o jornalista Ricardo Noblat, que vive a repetir literalmente o que fala seu criador. Já o jornalista Samuel Celestino, em um artigo publicado no seu blog, falou o que todo mundo sabe, Dilma é uma brasileira desconhecida, cujo perfil ninguém conhece.
A questão das privatizações é uma história superada e pode ser contestada por uma simples pergunta: Se as privatiações das empresas estatais foram tão prejudiciais ao Estado brasileiro porque durante estes 8 anos o governo do PT não reverteu nenhuma delas e ainda impediu que o fizessem? Sim, o deputado federal do PT cearense José Guimarães, irmão do deputado federal e ex-presidente do PT nacional José Genoíno, em parecer na Comissão de Assuntos Econômicos da Câmara Federal destacou que a Vale privatizada gera muito mais benefícios aos brasileiros hoje do que na época em que era estatal, com a geração de empregos, pagamento de impostos, produção e exportação.
De outro lado, a questão da privatização do Pré-Sal é ridícula já que o governo Lula "privatiza" os campos ao conceder a permissão de exploração a empresas estrangeiras e o faz porque esta é o modo mais lucrativo para o Brasil. Por outro lado, quando as instalações da Petrobrás foram invadidas, os funcionários constrangidos e os bens usurpados pelos governos da Bolívia e Equador - cujos presidentes são amigos de Lula - os dirigentes do PT não só condenaram como aplaudiram o absurdo.
Falando em aplaudir o absurdo, como um presidente da República (e de todos os brasileiros) se comporta como um mísero militante partidário que, ao invés de condenar uma agressão aos seus opositores, agride ainda mais os adversários acusando uma violência comprovada de ser uma farsa. Não é de estranhar que siga a cartilha do operador do mensalão José Dirceu, processado no STF pelo MPF de vários crimes, que em discurso na tribuna da Câmara diz que os "adversários devem apanhar na rua e nas urnas".
Este mesmo presidente que a todo momento condena a imprensa e chama de golpismo qualquer reportagem que desmascara os escândalos de corrupção do overno. Golpista, aliás, virou todo aquele que discorda ou critica o governo Lula. Durante o governo, várias foram as tentativas de criar meios de censura à imprensa, chamado de "controle social". Não duvido que caso a desconhecida se eleja, tentará terminar o que o seu mentor começou. O jornalista Franklin Martins está em viagens para conhecer programas semelhantes, provavelmente foi à China, à Cuba e à Venezuela.
No afã de eleger a qualquer custo sua candidata o presidente não separa o presidente do militante e faz política em eventos oficiais, o que é proibido por lei, aliás, fez isso apresentando a sua candidata há mais de 2 anos pelo país e sem nenhum remorso. Ontem o TSE condenou a ex-ministra Erenice Guerra, braço direito e substituta de Dilma, investigada por vários crimes e irregularidades, a multa por utilizar o site do ministério para fazer críticas ao candidato adverário. Erenice, que segundo Lula, foi escolhida por ele, porque parece que a candidata Dilma não tem capacidade para escolher nem mesmo seus assessores. Ela vai ter que explicar, no entanto, as denúncias sobre seu amigo Cardeal.
A questão central é, no entanto, a celeuma em torno da vergonhosa agressão ocorrida no Rio de Janeiro contra o candidato da oposição e sua militância que foi impedida de continuar a promover seu ato político por militantes petistas organizados por um líder e empunhando bandeiras do partido, além de agredir o candidato.
Querem, porém, desviar o foco da atenção para a repetida mentira que o candidato José Serra foi atingido apenas por uma bolinha de papel e que este fato memorável e desagradável se resume a isto, fazendo gracejos e piadas de muito mau gosto sobre o episódio. Ensinou o ministro da propaganda nazista Goebbles que uma mentira repetida exaustivamente torna-se verdade e esta tática que o petismo tem usado.
O que se discute é o direito do candidato da oposição fazer sua manifestação política sem qualquer constrangimento, sem ser agredido e impedido por militantes da "polícia política do PT". Todos os principíos, direitos e garantias constitucionais como a Liberdade de Expressão, Direito de Reunião, Direito de ir e vir estão sendo amassados como uma bolinha de papel e arremessados na cabeça daqueles que criticam e denunciam os absurdos e escândalos do governo Lula e as deficiências e contradições, cada vez mais visíveis, da candidata governista!
Se me chamarem de golpista converterei a ofensa em elogio e vou traduzir como se constituicionalista e democrático fosse...